Código
RC185
Área Técnica
Propedêutica
Instituição onde foi realizado o trabalho
- Principal: Centro Universitário Christus (Unichristus)
- Secundaria: Instituto Cearense de Oftalmologia
Autores
- BEATRIZ NOGUEIRA CARACAS DE SOUZA (Interesse Comercial: NÃO)
- Adriane Macêdo Feitosa (Interesse Comercial: NÃO)
- Thiago Carvalho Barros de Oliveira (Interesse Comercial: NÃO)
Título
AVALIAÇAO MULTIMODAL PRECOCE DE NEURORRETINITE SUBAGUDA UNILATERAL DIFUSA (DUSN): UM RELATO DE CASO
Objetivo
Descrever a análise multimodal de um caso de neurorretinite subaguda unilateral difusa (DUSN) presumida até o início do tratamento com Albendazol.
Relato do Caso
Paciente feminina, 11 anos, relatou história de 1 semana de baixa visual progressiva e severa do olho esquerdo. Durante avaliação, a AV no OD foi de 20/20 e no OE 20/400. Na fundoscopia pode-se notar pontos branco-acinzentados próximos a arcada temporal inferior e alguns na região paramacular, além de discreto edema de DO. Foram realizados OCT, AF, FAF, e retinografia com avaliação dos diversos filtros. Durante AF detectou-se a presença de perivasculite seguindo toda arcada temporal inferior até arcada distal, além de discreta área de hiperfluorescencia e perivasculite em arcada temporal superior proximal ao DO. Na FAF foi possível verificar área de hiperfluorescência linear e tortuosa que seguia do DO até arcada temporal inferior. No OCT, podemos observar diversas áreas de irregularidade na EZ nos locais onde havia hiperfluorescência à FAF. Devido a epidemiologia local e aos achados, solicitamos testes treponêmicos, painéis de Bartonella henselae, Bartonella quintana e anticorpos de Toxoplasma (IgG e IgM); um teste de HIV-1 e -2; e IGRA para TB, todos negativos. Em virtude da alta prevalência de DUSN em nossa região e aos achados característicos, optamos por realizar tratamento com Albendazol por 30 dias. Com uma semana de tratamento, paciente já apresentava AV de 20/60, todas as sorologias negativas, leve melhora do edema de DO e apagamento dos pontos brancos em região temporal inferior. Desse modo, optamos por iniciar corticoterapia com Prednisolona e reavaliar após 1 semana. Ao 15º dia a paciente apresentava visão de 20/25 com resolução completa do edema de DO.
Conclusão
A DUSN presumida ocorre quando o parasita não é visualizado à fundoscopia, mas existem características suficientes para pressupor seu diagnóstico. O Albendazol tem se mostrado uma grande opção terapêutica para tal doença, que, se diagnosticada e tratada em fase inicial, permite a resolução completa dos sintomas.
Número de protocolo de comunicação à Anvisa: 2022379801